Promotor
EGEAC, Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural
Sinopse
Se dúvidas houvessem, é o tempo que melhor tem definido o poder de Dysnomia. Editado em 2013 com poucas salvas, o álbum foi gerando elogiosas críticas de imprensa inesperada, criando um culto imparável que culminaria com o convite de Nils Frahm para servirem de banda de suporte na sua digressão pelos Estados Unidos em finais de 2014. Restava começar tudo de novo: é então que a Erased Tapes, editora de Frahm ou A Winged Victory For The Sullen, decide reeditar Dysnomia em 2015, reforçando a convicção que ao segundo álbum os Dawn of Midi tinham proposto um clássico moderno. E a surpresa é tanto maior quanto a distância para a sua obra de estreia, na qual o trio de Brooklyn fala a língua do free jazz. Pelo contrário, Dysnomia calcorreia estradas opostas à improvisação, desenhando meticulosamente uma estrutura repetitiva onde cada nota é ponderada e executada com perfeição geométrica. Deixa-nos a pensar, hipnotizados, em The Necks, embora nos abra o espírito para o ritmo de África e outros locais indefinidos, como se escutássemos as dobras e vincos da aglutinação de vários estilos musicais. Dawn of Midi junta músicos com raízes marroquinas, indianas e paquistanesas, e talvez isso ajude a explicar, ou a confundir, o nomadismo da sua música. Mas Dysnomia não precisa de explicação nem de mapa: “quisemos algo visceral, algo que despertasse os nossos impulsos instintivos para a dança”. Soltemos o nosso corpo, então.
Ficha Artística
contrabaixo: Aakaash Israni
piano: Amino Belyamani
bateria: Qasim Naqvi
fotografia: Falkwyn de Goyeneche