Promotor
Câmara Municipal de Oliveira do Bairro
Sinopse
«Foi em Veneza. Estávamos a passear por entre as ruas da cidade. Eu quis comer um gelado. Ele comproume
o gelado. Deu-me o gelado com um olhar sedutor e libertino. Um verdadeiro Casanova. Taus! Senti a mão
pesada dele no meu rosto.»
Quatro mulheres partilham as histórias dramáticas de medo e terror a que foram sujeitas. Submersas,
emotivas e verdadeiras, elas experienciaram impulsos de grande intensidade, de revolta, que marcaram os seus
destinos. Em comum, elas não escondem o que viveram e fizeram. As suas palavras e acções provocam-nos uma
empatia e um conflito de sentimentos, muitas vezes contraditórios, outras vezes apaixonantes.
Elas são as rosas, os espinhos são as marcas que elas trazem tatuadas no corpo, o sangue as suas
memórias, as memórias que não podem esquecer, são rosas de sangue.
«Rosas de sangue» é uma espécie de documentário teatral ficcionado que retracta episódios de três
mulheres que sofreram as agressões dos seus companheiros. Os crimes que cometeram, num dos casos
premeditado, noutro por impulso e um terceiro por um acto de loucura momentânea, têm em comum o que
chamamos de legítima defesa. Elas viram-se obrigadas a libertarem-se dos actos de violência que sofreram por
parte dos seus agressores ao longo de anos.
Ficha Artística
Isabel Feliciano
Glória de Sousa
Paula Rios
Anabela Nóbrega
Notas Suplementares
«Rosas de Sangue» é um espectáculo que aborda a violência exercida sobre as mulheres, com destaque para a violência doméstica. Não sendo uma tese académica sobre a violência doméstica, o espectáculo inspira-se em depoimentos reais, e outros analisados por especialistas na matéria, tendo contado com o apoio e experiência de técnicos da Associação de Apoio à Vítima (APAV).
Encenador
Fábio Timor