Promotor
EGEAC, Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural
Sinopse
Foi no Mosteiro de Rendufe, em Amares, Minho, que Filho da Mãe gravou o seu terceiro álbum, Mergulho, no final de 2015. É uma obra em sublime queda livre numa história e geografia muito particulares e especiais, absorvendo o local e as pessoas que o ajudaram a erguer o cenário perfeito para uma criação sem tempo. Nas suas palavras, a sua nova música tornou-se permeável à pedra, terra e gente que o abraçou durante os dias em que, com João Brandão como produtor, se desenhou esta aventura, há muito esperada, de Filho da Mãe. Com Cabeça, em 2013, esta reclusão em jeito de residência artística já tinha sido necessária – nessa altura entre o Gerês e Montemor-o-Novo – para que as ideias que circulam livremente no seu corpo ganhem a inspiração certa e formem uma obra íntegra. Agora, num cenário eclesiástico, Mergulho assume a inspiração solene para a converter numa celebração pagã feita de respeito cerimonioso. Mas há também momentos de saudável dúvida tormentosa, como janelas que se abrem com o vento no meio de uma tempestade e que nos apagam a luz intermitente das velas – e serão esses momentos que, ao contrário de Amares, trarão para o palco do Teatro Maria Matos outras luzes e iluminuras, transformando o concerto numa ocasião tão única quanto Mergulho o é para a música de Filho da Mãe.
Ficha Artística
guitarra clássica: Rui Carvalho
guitarras: João Brandão, Cláudia Guerreiro e João Nogueira
crédito fotográfico: Renato Cruz Santos