Promotor
Cultural Trend Lisbon
Breve Introdução
Pré-venda:
Primeira fase: 12,50€
Segunda fase: 15€
No dia: 18€
Illa J tem 29 anos e mais de metade da sua vida foi de total entrega ao hip hop. Tudo começou quando tinha 13 anos e assinou a sua primeira rima, lado a lado com o seu irmão, o lendário J Dilla. O mítico produtor de Detroit desapareceu em vésperas de Illa J completar 20 anos, em 2006, e nesse momento o jovem rapper e compositor decidiu aperfeiçoar os seus conhecimentos, de forma a melhor poder honrar a memória do seu malogrado irmão.
A dedicação de Illa J tem sido profunda nesta última década: aulas de canto, estudos aprofundados de composição, domínio de vários instrumentos, incluindo o baixo e o piano, e muita experiência de palco, que enfrentar o microfone é também uma ciência muito particular: primeiro como parte integrante dos lendários Slum Village, grupo a que esteve ligado até 2014 e que o levou a viajar por todo o planeta, e depois a solo.
Estreou-se com o projecto Yancey Boys rimando sobre beats de J Dilla em 2008. Colaborou com Frank Nitt no álbum Sunset BLVD em 2013 e já em 2015 lançou o extraordinário Illa J na canadiana Bastard Jazz Recordings, o álbum que traz na bagagem para as duas apresentações em solo nacional.
Detroit e o Canadá tiveram sempre uma relação muito próxima. E Illa J seguiu essa ligação mudando-se para Montreal em 2012. Foi aí que encontrou Nick Wisdom e AstroLogical, dois produtores que juntos são conhecidos como Potatohead People e que asseguraram a produção de Illa J., álbum que mereceu lugar entre os melhores lançados em 2015.
Este mais recente trabalho de Illa J é especial e diferente: mais orgânica, a produção da dupla Potatohead People dispensa samples em favor de músicos reais e colaborações pontuais com outros produtores como Kaytranada (que co-assina “Strippers”) ou Noo Bap (que dá uma ajuda em “Cannonball”). E sobre bases mais boom bap, carregadas de ecos jazzy, em composições sofisticadas, Illa J rima e canta mostrando todo o alcance da sua personalidade artística. Este é um disco que denota sofisticação e ambição estética. Aliás, essa ambição há-de certamente ter sido a razão para o convite lançado por Robert Glasper para que Illa J se juntasse a nomes como Erykah Badu, Bilal ou Stevie Wonder na fantástica homenagem a Miles Davis que acaba de ser editada com o título Everything’s Beautiful.
Um dos temas de Illa J tem por título “Never Left”, uma homenagem sentida ao seu irmão que dá nome à sua presente digressão na Europa. A ideia é correcta: 10 anos depois, prova-se que o espírito de J Dilla nunca nos abandonou. Illa J sabe isso, carrega-o com humildade e respeito, mas impõe igualmente a sua extraordinária visão: classicismo boom bap inspirado nos melhores, honestidade soul para o século XXI, sofisticação jazzy que denota uma vontade de explorar as regiões mais sérias da música. Illa J é um rapper e um cantor. É um músico e um compositor. É um artista de corp