Promotor
Câmara Municipal de Torres Novas
Sinopse
«Para um caso de tanta importância... O bem-estar de toda a cidade... Não é
altura para ficar parado.» Henrik Ibsen em Um Inimigo do Povo (1882)
Ibsen começa a ação com um médico, Dr. Stockmann, a descobrir que as águas
da nova estância balnear (a grande fonte de receitas da cidade) estão infetadas,
provocando doenças nos futuros clientes, e a querer divulgar a descoberta no
jornal «O mensageiro do Povo». O seu irmão, intendente, homem do poder
local, quer abafar a notícia, porque ela irá fazer com que a estância feche, o que
provocará a ruína da cidade e da população
.
Nesta obra, Ibsen expõe de uma forma direta e crua a colisão do indivíduo
com o coletivo; a rutura de um homem que descobre uma verdade e,
confrontando-a com a cidade, apercebe-se de que esta, manipulada pela
imprensa e pelo poder, prefere viver na mentira.
A peça é um retrato da tensão existente entre o indivíduo e o coletivo; entre a verdade
individual e a hipocrisia do coletivo; e a escolha que temos que fazer entre uma e
outra. Acaba por ser uma metáfora em que as águas contaminadas são a própria
sociedade daquela cidade. Apesar de ser uma peça baseada na argumentação
e na palavra, a sensação com que ficamos no fim é que temos de agir.
Autor Henrik Ibsen
Tradução Francis Aubert, edições Cotovia, 2008
Direção Artística Tónan Quito
Versão cénica e interpretação Filipa Matta, Isabel Abreu, João Pedro Vaz, Pedro Gil,
Jorge Andrade, Tónan Quito
Cenografia F. Ribeiro
Desenho de Luz Daniel Worm
Figurinos José António Tenente
Produção HomemBala
Fotografias Jorge Vaz Gomes