Promotor
Teatro Nacional São João E.P.E.
Breve Introdução
li algures que os gregos antigos não escreviam necrológios,/ quando alguém morria perguntavam apenas:/ tinha paixão? Movido pela paixão absoluta que encontrou na obra de Herberto Helder, o ator e encenador Dinarte Branco ousou pôr em cena um conjunto de textos desse mago da poesia portuguesa contemporânea, um poeta que parece marcar tão poderosamente a segunda metade do nosso século XX como Fernando Pessoa marcou a primeira. De A Máquina de Emaranhar Paisagens fazem parte, para além do texto homónimo, passagens de livros como Photomaton Vox, Os Passos em Volta, A Faca Não Corta o Fogo, Antropofagias e A Colher na Boca, entre outros. No palco está também um músico Cristóvão Campos, por sinal também ator , mas apenas a espaços o conseguimos vislumbrar: Dinarte Branco está só, e quase sempre na sombra, com as palavras desse poeta de vida obscura e linguagem incandescente, criando uma zona intensa, extrema, atravessada por outras presenças criaturas incertas, frémitos, experiências irrevogáveis, perigosíssimos jogos, possibilidades humanas.
Preços
Plateia - 10 euros