Promotor
A Oficina CIPRL
Breve Introdução
Neste ringue criado por Marco Martins a partir do texto de Jean Genet, o público não escapa ao espaço de claustrofobia onde as criadas, Beatriz Batarda e Sara Carinhas, planeiam o assassínio da patroa, Luísa Cruz.
Olhar para o quarto, onde se desenrola toda a ação desta peça, é pois olhar para um espaço de enclausuramento forçado onde duas irmãs, privadas de liberdade, se entregam a jogos ilusórios de identidade. A partir do momento em que a patroa (Luísa Cruz), representante do poder e da autoridade, se ausenta, a fantasia rasga-se sem limites no imaginário das duas criadas (Beatriz Batarda e Sara Carinhas), transportando-as para longe das suas vidas, numa fuga urgente ao seu quotidiano miserável. A libertação das duas irmãs, da opressão física e psicológica proporcionada por aquele quarto, feita através de um role-playing frequentemente perverso e sadomasoquista, é o ponto de partida para uma encenação que explora a modernidade da linguagem de Genet nas suas múltiplas possibilidades de interpretação e representação.
Texto Jean Genet
Encenação Marco Martins
Tradução Matilde Campilho
Com Beatriz Batarda, Luísa Cruz, Sara Carinhas
Cenografia F. Ribeiro
Figurinos Isabel Carmona
Movimento Victor Hugo Pontes
Desenho de Luz Nuno Meira
Assistente de desenho de luz Cárin Geada
Sonoplastia Sérgio Milhano
Direção de Produção Narcisa Costa
Produção Arena Ensemble
Coprodução Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Viriato