Promotor
EGEAC, Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural
Sinopse
Seja de perto ou seja de longe, habituámo-nos a vislumbrar grandeza na música de Peter Evans: de perto, vemos técnica e destreza ímpares, um olhar compenetrado e um corpo dedicado a uma coreografia meticulosa, sentimos a energia de quem se preparou para ultrapassar os últimos obstáculos. De longe, ouvimos uma capacidade de improvisação estonteante aliada a uma escrita musical desafiante e arrojada, vemos um líder, um homem com uma visão única de como o jazz pode ser reconstruído como uma linguagem de futuro. Ao longo da última década, com múltiplas formações e uma discografia generosa, Peter Evans foi-se impondo como um dos grandes intérpretes e compositores contemporâneos. Se é sempre complicado estabelecer linhas que unam todos os pontos, basta dedicar total atenção ao seu quinteto, porventura a formação que melhor tem registado a evolução da sua escrita e a ambição do seu jazz, e não por acaso editado pelo próprio selo de Evans em três álbuns. Em vésperas de arrancarem os planos de mais uma obra e digressão para o seu quinteto, eis novo salto de fé numa formação aumentada, em septeto, alimentando a insaciável fome criativa de Peter Evans. Action / Metempsychosis não é, contudo, uma progressão de Genesis, de 2016, mas sim de Destination : Void, a sua obra-prima de 2014. Foi aí que, depois de tudo o que tínhamos escutado, ficámos crentes de como a vanguarda teria de ser rescrita e como os planos que tínhamos do futuro estavam com grosseiros erros de navegação. Se o trompetista nos promete uma continuação, então celebremos o acontecimento e tentemos domar a ansiedade por este regresso de Peter Evans à nossa sala para mais um KO.
Sempre ambiciosa e inesperada, a música de Peter Evans continua imparável, propondo novas formas a um jazz contemporâneo que nas suas mãos estará sempre em transformação. Depois de usar o seu quinteto para alguma da mais brilhante música dos últimos anos, novo passo em frente e novos desafios: Evans lidera agora um septeto e vamos ter o prazer de ouvir tudo a recomeçar.
Ficha Artística
trompete: Peter Evans
violino: Mazz Swift
piano, sintetizador: Ron Stabinsky
eletrónica: Sam Pluta
baixo: Tom Blancarte
percussão, eletrónica: Levy Lorenzo
bateria, sampler: Jim Black