Promotor
Município de Vila Nova de Famalicão
Breve Introdução
O VIGILANTE NOTURNO
Teatro pluridisciplinar
5, 6 e 7 de abril, quinta, sexta-feira e sábado, 21:30
Grande Auditório
Entrada: 8 euros / Estudantes e Cartão Quadrilátero Cultural: 4 euros
M/12 anos
Duração: 60 minutos
ESTREIA
"O Vigilante Noturno é um novo projeto de criação do Teatro da Didascália e o segundo, numa linha de criação que se orienta por um trabalho que vai ao encontro da manipulação dos materiais..."
SINOPSE
Registo horário
O Vigilante Noturno
Meia-noite: Frio. Mais frio que ontem. Materiais, tudo no lugar, não tugem nem mugem. Chegou o carregamento de baldes, plástico bom. São só meia-dúzia, mas o estaleiro já parece outro. Uma da manhã: Os tijolos continuam a aborrecer-me. Estão demasiado bem-dispostos. Quando volto da ronda, apanho sempre algum fora do lugar. Se continuarem, vou ter que tomar medidas extremas.
Uma da manhã e dois minutos: Pronto, já está! Acabaram de conhecer o martelo. Os materiais nem sempre têm razão. Duas da manhã: As madeiras começam a apresentar sérios sinais de stress. Está a ser difícil mantê-las no lugar. Tenho a sensação que ando a ser espiado por dois tubos de esgoto. Três da manhã: O cascalho inicia um processo de boicote. Está instalado um clima de medo e tensão geral. A revolução dos materiais pode rebentar a qualquer instante. Estou sozinho. Quatro da manhã: Uma corda atacou-me pelas costas. Desconheço os motivos da sua revolta. Estou encurralado e o balde olha para mim com um olhar furioso. Não sei quanto tempo mais conseguirei aguentar sozinho. Se ao menos a manhã chegasse. Os baldes novos estão do meu lado. Cinco da manhã: O tijolo que eu pensava que era diferente, afinal é como os outros. São todos iguais, todos iguais, todos iguais. Seis da manhã: Se alguém estiver a ler este registo, é porque os materiais
O Vigilante Noturno é um novo projeto de criação do Teatro da Didascália e o segundo numa linha de criação que se orienta por um trabalho que vai ao encontro da manipulação dos materiais, a partir dos quais a mão humana se serve para manipular, transformar e esculpir, dando asas a uma necessidade profunda e intrínseca do ser humano: criar.
Esta pesquisa sobre a manipulação da matéria e dos materiais iniciou-se com o espetáculo "One Man Alone", onde concentrámos as atenções na massa fresca do pão, dando forma ao imaginário absurdo das longas noites de um padeiro solitário.
Ficha Artística:
Encenação e cocriação: John Mowat
Assistência de encenação e cocriação: Cláudia Berkeley
Apoio dramatúrgico: Jorge Louraço Figueira
Interpretação e cocriação: Bruno Martins, Igor Gonçalves e Rui Souza
Direção musical: Rui Souza
Cenografia: Jorge Magalhães, Frederico Almeida
Desenho de luz: Valter Alves
Direção de produção: Jonathan da Costa
Coprodução: Teatro da Didascália, Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, CCVF - Centro Cultural Vila Flor
Estrutura Financiada pela dgArtes / Secretaria de Estado da Cultura