Promotor
Município de Vila Nova de Famalicão
Breve Introdução
O CERCO DE LENINEGRADO
Teatro
18 e 20 de julho, quarta e sexta-feira, 21:30
Grande Auditório
Entrada: 6 euros / Estudantes e Cartão Quadrilátero Cultural: 3 euros
M/12 anos
Duração: 60 minutos
Classe B do Atelier Baú dos Segredos
Sinopse
Uma história de Roberto Cossa, contada a José Sanchis Sinisterra, num qualquer bar de Barcelona, numa noite que não era Verão, nem Inverno e de um ano impreciso na sua memória:
Num final de tarde de 1986, chegou o momento de visitar a sala que íamos ocupar. Eu recordava o Teatro del Pueblo, dos meus tempos de jovem, como espectador. Falo-te da década de 50. Ao descer as escadas da velha cave, 30 anos depois, senti que estava tudo igual, congelado no tempo. Depois da morte de Barletta, a sala estava nas mãos de três mulheres, septuagenárias e octogenárias, que se reuniam todas as tardes, no Teatro, a tomar chá. Uma era a sua viúva, Josefa Goldar (um rosto e um temperamento que Brecht gostaria de ver na Mãe Coragem), e as irmãs Rosa e Celia Eresky. Enquanto as vi, recordei-as jovens, em cima do pequeno cenário. Tudo, em seu redor, estava parado no tempo. Quando descemos para os camarins, numa segunda cave, o meu coração apertou. Sobre as bancadas, em frente aos espelhos, estavam abertas as caixinhas de maquilhagem, meio usadas, com uma esponja que parecia conservar os cosméticos de uma função que, recentemente, tinha terminado. Estava tudo muito arrumado, quieto. O ambiente respirava um grande respeito, quase reverencial, ao homem que havia criado esse teatro. Pouco depois, soube que as irmãs Eresky jamais haviam trabalhado noutro teatro, nem sido dirigidas por outro diretor. Nem aceitariam voltar ao palco. Cheguei a sentir que, no dia em levantássemos a cortina daquela sala, estaríamos a cometer uma blasfémia.
Pouco tempo depois, surgiu O Cerco de Leningrado, uma obra inspirada numa anedota contada a Sinisterra, numa noite, num café de Barcelona.
Mais do que uma anedota, é uma história, uma aventura sobre o amor e a dignidade. Uma homenagem ao Teatro del Pueblo e ao seu fundador. E um respeitoso vislumbre sobre as mulheres empenhadas em conservar a memória.
Baseado no Prólogo de Roberto Cossa
Ficha técnica
Texto: José Sanchis Sinisterra
Adaptação e tradução: Tiago Regueiras
Cenografia: Tiago Regueiras, Ana J. Regueiras
Elenco: Alunos da Classe B do Baú dos Segredos
Encenação e desenho de luz: Tiago Regueiras e Ana J. Regueiras
Figurinos e caracterização: Cármen Regueiras e Emília Silva
Assistência de encenação: João Regueiras
Luz e som: Equipa Técnica da Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão
Produção: João Regueiras e Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão
Agradecimentos:
Kilos Moda Tecidos
Dr. Álvaro Santos
Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão
Famílias dos Participantes