Promotor
Teatro Nacional D. Maria II
Sinopse
André Gorz, nascido em 1923 na Áustria, naturalizado francês com o nome de Gérard Horst, instala-se em Paris no fim dos anos 40. Publica O Traidor, uma autobiografia em forma de investigação, entre a autoanálise e a crítica do modelo de sociedade capitalista, em 1958. Conhece Sartre em 1946, os dois homens criam laços de amizade e Sartre prefacia O Traidor. Dá depois emprego a Gorz na revista Les Temps Modernes, nos anos 60. É o princípio de uma carreira jornalística que o levará a participar na fundação do Nouvel Observateur. Paralelamente, desenvolve as primeiras bases do que se tornará a Ecologia Política e escreve numerosas obras em torno da questão. Em 2006 publica Carta a D., uma longa declaração de amor em forma de confissão à sua mulher, Doreen Klein, que sofria de uma doença incurável. Um ano mais tarde, André e Doreen são encontrados mortos, na sua cama.
Doreen será um contraponto a esta confissão tornada pública, uma explosão, um lado-a-lado: o retrato de uma mulher, que imaginamos a partir do que Gorz diz sobre ela, e o retrato de um casal, que vemos a viver, numa proximidade extrema. Estamos numa noite de 2007 na casa do casal. André e Doreen estão casados há 58 anos. Prepararam comes e bebes e recebem-nos em sua casa. Daqui a uma hora vão-se suicidar. Enquanto esperam, falam.
David Geselson
Ficha Artística
oreen estreou no dia 3 de novembro de 2016 no Théâtre de Vanves, França.
a partir de Lettre à D. de André Gorz
com Laure Mathis e David Geselson
cenografia Lisa Navarro
assistência de encenação Elios Noël
figurinos Magali Murbach
desenho de luz Jérémie Papin
sonoplastia Loïc Le Roux
vídeo Jérémie Scheidler, Thomas Guiral
construção Flavien Renaudon
direção técnica e operação de luz Sylvain Tardy
operação de som e vídeo Arnaud Olivier
olhar exterior Jean-Pierre Baro e Jeanne Candel
administração e produção AlterMachine Noura Sairour
difusão e comunicação AlterMachine Carole Willemot
Doreen ganhou o prémio Melhor Criação em língua francesa 2017 do Sindicato da crítica.
produção Compagnie Lieux-Dits
coprodução Théâtre de Lorient, centre dramatique national, Théâtre de la Bastille, théâtre Garonne, Scène européenne - Toulouse, Théâtre de Vanves.
Com o apoio de la DRAC Île-de-France, do Fonds de dotation Porosus, da Spedidam e dArcadi Île-de-France. O texto Doreen teve ajuda à criação do Centre national du Théâtre.
com o apoio Théâtre Ouvert Centre national des Dramaturgies Contemporaines, de La Chartreuse de Villeneuve Lez Avignon centre national des écritures du spectacle e de lIMEC - Institut Mémoires de lédition contemporaine e do Nouveau théâtre de Montreuil, centre dramatique national.
residência Carreau du Temple (2015/2016)