Promotor
Teatro Municipal Joaquim Benite
Breve Introdução
Obras dramáticas de dois cultores da forma teatral breve constituíram o chão desta criação: Gil Vicente, o ilustre desconhecido a quem se atribui a fundação do teatro português, e Samuel Beckett, o escritor que mudou o teatro no século XX. Os textos de Beckett Velha toada (uma reescrita beckettiana de uma peça radiofónica de Robert Pinget chamada La manivelle) e A última gravação de Krapp, e o Auto da fé, de Gil Vicente, foram revisitados para criar algo novo sobre grandes velhos temas que estão no coração da inquietação artística: a passagem das horas, luzes e sombras, solidão e festa, barulho e silêncio, memória e esquecimento.
Dois velhos lembram (e deslembram) o passado enquanto o mundo moderno lhes passa (literal e ruidosamente) ao lado. Um homem dialoga, no seu 69.º aniversário, com uma gravação de há trinta anos. Dois pastores parentes longínquos do par Didi/Gogo de À Espera de Godot manifestam um cómico deslumbramento diante das coisas do Natal, abrindo caminho a uma personagem alegórica, como só Vicente as fazia para dar voz ao que por vezes não se podia: a Fé.
Ficha Artística
A partir de textos de Samuel Beckett e Gil Vicente
Encenação de Nuno Carinhas
Intérpretes Alberto Magassela, João Cardoso, João Lourenço, Paulo Freixinho e Sara Barros Leitão
Conceito e dramaturgia Nuno Carinhas e Pedro Sobrado
Cenografia e figurinos Nuno Carinhas
Desenho de som Francisco Leal
Desenho de luz Nuno Meira
Apoio linguístico João Veloso
Realização vídeo Fernando Costa
Produção Teatro Nacional São João