Promotor
Centro Artes Espectáculo de Viseu, Assoc. Cult. Pedag.
Sinopse
O que nos faz ser como somos? Quais são os momentos que nos definem? Em A Matança Ritual de Gorge Mastromas, Dennis Kelly escreve: A existência não é aquilo que até este momento pensaste que era. Não é honesta, não é gentil, não é justa. A maior parte do mundo não faz ideia disso, acreditam em Deus, ou no paizinho ou em Marx ou na mão invisível do mercado ou em honestidade ou bondade. Atravessam a vida de olhos fechados, a levar porrada e ser lixados. Ele é assim. Tu és assim. Mas uma ínfima parte de nós, chamemo-nos a resistência, sabemos a verdadeira natureza da vida. É-nos dado o mundo. Somos poderosos e ricos e temos tudo, porque faremos tudo o que for preciso. O resto do mundo será sempre carne para nós, gado, animais para serem pastoreados e por vezes caçados. Nós somos uma sociedade secreta: não temos apertos de mão, não temos reuniões, não vestimos fatiotas ridículas em noites de lua cheia, mas nós existimos, conhecemo-nos e, sempre que nos vemos, sorrimos e por dentro dizemos: Olha para estes idiotas. Como é que são tão estúpidos? Porque é que não fazem como nós e pegam simplesmente no que querem?
Depois de Órfãos (2017), Tiago Guedes está de regresso aos textos do dramaturgo inglês Dennis Kelly com a encenação de A Matança Ritual de Gorge Mastromas. Um texto sobre a ascensão ao poder e os dilemas morais dessa caminhada em forma de conto moral incendiário.
Ficha Artística
Texto original Dennis Kelly
Encenação Tiago Guedes
Com António Fonseca, Beatriz Maia, Bruno Nogueira, José Neves, Rita Cabaço, restante elenco a confirmar
Cenário Fernando Ribeiro
Desenho de luz Nuno Meira
Coprodução Pueblozito, Teatro Nacional D. Maria II e Teatro Viriato