Promotor
Câmara Municipal de Portimão
Sinopse
A acção decorre em meados dos anos 60 do século passado, numa aldeia do Algarve litoral,
quando aqui ainda eram pujantes a faina da pesca e a indústria da conserva de peixe, e
os homens e mulheres viviam do mar e para o mar. Os turistas encetavam as primeiras
incursões a um Algarve deles ainda distraído... E tinha já começado a guerra colonial.
A peça revela-nos encadeadas sequências de condenações familiares diversas, umas
evidentes, outras obscuras. São narradas por uma personagem do tempo dos nossos avós.
Fala-se de um outro tempo, portanto; e também de uma outra memória.
O que a personagem narra é em muitas ocasiões risível, mas colectivamente trágico; assim
como é em muitas ocasiões trágico, mas colectivamente risível. É a vida! Que foi assim;
que é assim. A essência da natureza humana afirma-se na sua plenitude intemporal.
Envenenamentos; bruxarias; um esquartejamento; a guerra colonial a ensandecer
um homem; uma sexualidade encoberta; uma experiência macabra; violência física e
psicológica extrema ao longo de três gerações... Paixão e Morte (como em Lorca).
E, por fim, o aparecimento de uma Nossa Senhora, numa casa em chamas. Enfim: uma
maravilha de tragédia!
Ficha Artística
Texto: Luis Campião
Criação e Interpretação: Luís Vicente
Execução Cénico: Tó Quintas
Figurinos: Luís Vicente
Desenho e Operação de Luz: Otávio Oliveira
Direcção Artística e de Produção: Luís Vicente
Produção Executiva: Elisabete Martins
Divulgação: Rita Merlin
Secretariado: Ana Anastácio
Produção: ACTA