Promotor
Companhia de Actores
Sinopse
A peça centra-se em Amadeus e Bartolomeus, dois cómicos tão antigos quanto o
próprio teatro, que acabam de chegar a um lugar onde decidem, como sempre,
cumprir o seu ofício: representar. Contam, assim, o seu romance da Invenção do
Mundo, inspirado no “Grande Teatro del Mundo”, de Pedro Calderón de la Barca.
Tudo parece correr bem com a representação até que, tomado pelo espírito da crítica,
Bartolomeus questiona as razões pelas quais devem eles, comediantes famintos,
continuar: para que servem os atores? E as palavras? E os sonhos?. Perante esse
conflito, os dois comediantes desafiam-se numa luta entre a acção da arte e a sua
premência numa sociedade cada dia menos poética, menos sensível e
inevitavelmente mais consumista. Travam um patético jogo onde se expõem os
conflitos entre a razão e o sonho, entre o real e o imaginário. Recordam os caminhos
que percorreram até chegarem aos dias de hoje, onde esbarram com o vazio, o
silêncio, a indiferença.
“Os desafios da personagem são muitos! Desde o universo que criamos até a
questões como a composição física. O melhor de tudo é saber que nesta viagem conto
com companheiros em quem confio e com quem quero, sem dúvida, percorrer este
caminho. Percebo o marco inicial desta viagem cuja meta, felizmente, não sei onde
fica. O desafio é, pois, ter uma personagem que saiba viajar”, refere Tiago Fernandes,
acrescentado ainda que “Bartolomeus ama o teatro. Ama o seu ofício, mais do que o
mundo... talvez seja essa a sua grande questão. Mais do que tudo, o que o alimenta é
a magia. O que o fere é a indiferença. A incapacidade de ver o que não se compra”.
Por outro lado, “Amadeus é um sonhador! Um homem que quer acreditar para além
das suas forças. E que se alimenta do sonho!”, conta Pedro Giestas.
Amadeus e Bartolomeus, duas personagens, almas-gémeas, terão de decidir o que
fazer. Qual o caminho - o seu e o de quem assiste? Qual o caminho do teatro… da
arte… da vida?
Ficha Artística
Texto e Encenação: Moncho Rodriguez
Brincantes de Bululú: Pedro Giestas (Amadeus) e Tiago Fernandes (Bartolomeus)
Figurinos: Moncho Rodriguez
Execução de Figurinos: Maria Guimarães e Marília Martins
Desenho de Luz: Sérgio Gaspar
Cartaz: Sílvia Franco Santos
Apoios: Antena 1 e Mandrágora
Parcerias institucionais: C.M.Oeiras e C.M. Freixo de Espada à Cinta
Co-Produção: Companhia de Actores / Teatro Invisível