Produtor
Porto Post Doc Festival Cinema - Associação Cultural
Breve Introdução
PORTO/POST/DOC 2019 - AUDRIUS STONYS PROGRAMA #01
TEATRO MUNICIPAL RIVOLI PEQUENO AUDITÓRIO
2019.11.26 - 16:30
Audrius Stonys Programa #01
Audrius Stonys, 83
Audrius Stonys
Open The Doors To Him Who Comes
Audrius Stonys
1989, Lituânia, 10
A paisagem meditativa de uma vila lituana plena de preces silenciosas. As copas das árvores, as raízes da Igreja e uma propriedade rural constituem um santuário silencioso que resiste às pressões do regime totalitário. Logo na estreia na realização, Stonys prenunciava a sua liturgia cinematográfica do ordinário.
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The Baltic Way
Audrius Stonys, Arnas Matelis
1990, Lituânia, 10
A 23 de Agosto de 1989, dois milhões de pessoas deram as mãos formando, assim, uma corrente humana com quase 700 quilómetros de comprimento que atravessava a Lituânia, a Letónia e a Estónia. O protesto pacífico contra o pacto Ribbentrop-Molotov, assinado 50 anos antes, transformou-se num monumental gesto de expressão de força moral levado a cabo pelas nações ocupadas do Báltico.
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Earth Of The Blind
Audrius Stonys
1992, Lituânia, 25
Impassível de ser explanado pelas fórmulas habituais da análise narrativa e de personagens, Earth of The Blind é uma síntese única entre imagem e som que empurra os espectadores para os limites do mundo percebido através dos sentidos humanos. Assim, esbatem-se os limites entre visível e invisível, audível e inaudível. A atmosfera, os sons e as pessoas de Earth of The Blind convidam a parar, a ouvir e a avaliar a existência humana no mundo alienado.
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Antigravitation
Audrius Stonys
1995, Lituânia, 20
Numa vila isolada na zona rural da Lituânia, uma mulher idosa enfrenta a câmara e recita um poema. Mais tarde, escalará uma escadaria vertiginosa até ao telhado de uma igreja, como este homem que trepa lentamente a chaminé de uma fábrica. O ponto de partida para a segunda curta-metragem de Audrius Stonys é, de novo, uma série de perguntas que o realizador resumiu do seguinte modo: Como é que é o mundo quando é visto do telhado de uma igreja? O que é que mantém estes homens suspensos entre o céu e a terra?. Como é habitual na obra de Stonys, não há respostas definitivas: o filme é apenas um instrumento perceptivo, uma ferramenta modesta para tentar contemplar a realidade a partir de um outro ponto de vista.
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Alone
Audrius Stonys
2001, Lituânia, 16
Alone é um filme cuja força parece inversamente proporcional à simplicidade da sua abordagem: uma equipa de rodagem acompanha uma criança quando esta vai visitar a mãe à prisão. Tratam-se de filmagens sem "manipulação", no sentido em que o realizador filmou as situações tal como aconteceram nesta manhã fastidiosa e, além disso, manteve, na posterior edição do filme, alguns dos contratempos ocorridos durante as filmagens. Até que ponto se pode interferir na angústia de outrem? Esta é precisamente a questão ética levantada por Stonys de forma reflexiva, que, ao tentar representar uma criança numa situação específica, o leva a revelar todas as condições dessa representação. O cineasta responde através da sequência final, convocando o invisível para tratar, como um fazedor de milagres, a solidão infinita que acaba de partilhar connosco.