Promotor
Teatro Municipal Joaquim Benite
Breve Introdução
Escrita na segunda metade do séc. XVI pelo poeta António Ferreira (1528-1569), Castro inaugura defi nitivamente a tragédia clássica em Portugal. Mas Castro não é memorável apenas por ser a primeira: é também a mais terrífi ca das tragédias, morada de algumas das mais belas palavras alguma vez escritas em português. No panteão dos monumentos literários quinhentistas, Castro rivaliza em importância e esplendor com Os Lusíadas de Luís de Camões. Mas supera todos em densidade da desgraça. Castro é o cúmulo de amor pelas palavras; pelos benefícios líricos da tragédia; pela irrelevância gloriosa a que votamos a História, sacrifi cada em nome da poesia e do entendimento dela que quase não tolera mais nada. Não é uma simples tragédia. É uma tragédia complicada. Se é que outra existe. (Miguel Esteves Cardoso)
António Ferreira foi buscar à História de Portugal os dados fundamentais do núcleo sobre o qual construiu a sua ficção literária: a paixão do infante Pedro pela castelhana Inês, a aia de sua mulher, as intrigas espanholas, os receios dos conselheiros de D. Afonso IV, as hesitações do rei quanto à sorte de Inês, a bárbara execução desta, a cólera de D. Pedro, o castigo dos conselheiros de D. Afonso VI, a coroação da rainha morta Drama histórico, lenda popular ou mito, os amores de Pedro e Inês propiciam a Nuno cardoso, o actual director artístico do Teatro Nacional São João, o seu primeiro encontro com um texto canónico da dramaturgia portuguesa. O encenador há muito que se enamorou da sumptuosidade lírica das palavras de António Ferreira e das pulsões irreprimíveis desta tragédia.
Ficha Artística
Texto de António Ferreira
Encenação de Nuno cardoso
TEATRO NACIONAL SÃO JOÃO
Informações Adicionais
Descontos para menores 25 e maiores de 65 disponiveis na bilheteira do TMJB