Promotor
Jazz ao Centro Clube
Breve Introdução
Se as condições de partida para a nova geração do jazz e da música improvisada portuguesa são substancialmente diferentes para as novas gerações, as explicações encontram-se em condições materiais substancialmente melhoradas mas também na autêntica revolução de mentalidades que aconteceu ao longo dos últimos dez anos.
Embora o Jazz (e os seus arredores) sempre tenham sido terreno fértil para cruzamentos
vários, as correntes mais tradicionalistas sempre viram com maus olhos a partilha de espaço e experiências com as abordagens ligadas ao free jazz e à livre improvisação de recorte europeu. Por outro lado, as corrente que se assumiam como sendo “da vanguarda” reforçaram o seu isolamento em torno de círculos muito fechados de like-minded people. O encontro entre estes dois músicos, duas figuras cimeiras do Jazz e das músicas improvisadas feitas em Portugal, é o símbolo mais visível de uma realidade emergente e que, de certa forma, já está aí para quem estiver disponível para a ver. Os músicos da nova geração querem navegar livremente pela tradição e não estão disponíveis para as práticas conservadoras que marcaram o Jazz a partir do momento em
que as mudanças no interior de música se tornaram rápidas e introduziram, a cada momento, verdadeiras revoluções na forma de tocar.