Promotor
Câmara Municipal de Torres Novas
Sinopse
Canções do Pós-Guerra foi o título que Samuel Úria
escolheu para o seu mais recente disco. Premonitório?
Talvez dizem que a arte tem essa capacidade, esse
recurso de preceder os acontecimentos. Neste caso, esta
guerra será, como sempre, interior e espiritual. Uma
vez mais, Samuel Úria obriga-nos a olhar para dentro. Não
num exercício egocêntrico mas antes como parte de um
caminho de necessária partilha.
Efetivamente, o repertório deste novo trabalho foi
composto e gravado em período pré pandemia. E por
muito que se apregoe que este Canções do Pós-Guerra
é o disco mais confessional de Samuel Úria, tal como em
registos anteriores, ou ainda mais, as suas composições
confrontam-nos connosco próprios, algo que só as
canções eternas têm a capacidade de provocar.
Mas este concerto tem ainda o propósito de conduzir o
público numa viagem à criatividade de Samuel Úria, num
percurso que terá um pé nos seus trabalhos anteriores. E
se esperam que a jornada seja tranquila, desenganem-se,
o conforto dos vossos lugares vai ser frequentemente
assaltado pela energia explosiva com que Samuel e
companheiros desequilibram (ou deveríamos dizer,
equilibram) os momentos de intimidade.
Bio
Nascido no decote da nação, entre o Caramulo e a Estrela, Úria leva para os palcos o blues do Delta do
Dão. De lenda rural para lenda urbana, tudo está certo: meio homem meio gospel, mãos de fado e pés de
roque enrole. Com uma proveniência marcada pelo punk, pelo rocknroll e pela estética low-fi, Samuel Úria
tem ganho notoriedade desde 2008.
Destacando-se entre pares pela sua singularidade no uso da língua materna, as suas canções podem
ainda ser encontradas no repertório de outros artistas, consagrando-o como o mais interessante cantautor
do século XXI.