Promotor
EGEAC, Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural
Sinopse
"Em casa dos meus pais havia um menino que vivia debaixo da minha cama. Ele lançava fogo pela boca. Eu queria voar, como ele, e lançar fogo pela boca. Eram esses os meus desejos mais íntimos, mas eram proibidos, ou eu sentia que eram proibidos. Demorei muito tempo, muito muito tempo, a autorizar-me a mim própria a voar e a lançar fogo pela boca."
Uma escritora obcecada pelo funcionamento da mente consciente, a artista-plástica-personagem do romance que está a escrever e Margaret Cavendish, a filósofa-investigadora-romancista do século XVII que lhe assombra os dias, são algumas das figuras evocadas nesta história. Se o discurso artístico pode ser considerado, por natureza, um discurso contra-corrente, porque é que ainda assim, no seu seio, se mantêm e se reproduzem determinados estereótipos? Uma cadeia de associações subliminares que remonta aos antigos gregos, parece continuar a ligar masculino, intelecto, alto, duro, espírito e cultura, por oposição a feminino, corpo, emoção, suave, baixo, carne e natureza. Sou uma Ópera, um Tumulto, uma Ameaça, criação de Cristina Carvalhal, é uma história com outras histórias dentro ou como contar uma história ou sobre a nossa cabeça quando tentamos contar uma história. Uma fantasia, uma paisagem mental, baseada em O Mundo Ardente, de Siri Hustvedt.
Ficha Artística
CRIAÇÃO: Cristina Carvalhal;
CENÁRIO E FIGURINOS: Nuno Carinhas;
INTERPRETAÇÃO: Inês Rosado, Manuela Couto, Rosinda Costa, Sílvia Filipe;
LUZ: Rui Monteiro;
SOM: Sérgio Delgado;
ASSISTÊNCIA DE ENCENAÇÃO: Alice Azevedo;
PRODUÇÃO EXECUTIVA: Sofia Bernardo
COPRODUÇÃO: Causas Comuns e São Luiz Teatro Municipal