Promotor
Câmara Municipal de Torres Novas
Sinopse
AuRora por Gonçalo M. Tavares
Gisela João coloca na tristeza uma pressão que
vem do tom com que recebe cada letra. O fado
aqui acelera, ganha velocidade como se a tristeza
tivesse pressa. Não é um sítio para ficar a
tristeza é, umas vezes, o corredor de uma casa
por onde se passa rapidamente para outro lado;
não é para sentar, mas para circular. Um ponto de
passagem. Outras vezes não. Em certas músicas,
é mesmo para escavar esse instável sítio até ao
fundo. Há abandono, melancolia e perda amorosa,
desistências e mudanças decisivas. As "tábuas
do palco", de Gisela João tema que percorre
todo o disco - por vezes salvam um corpo inteiro,
outras vezes sacrificam-no: "arranho o joelho
e sangro", "eu calço o soalho e canto". Mas as
tábuas do palco são sempre essenciais. Do chão,
quem canta espera sempre muito espera tudo
ou quase tudo.
Voz Gisela João
Viola Portuguesa Ricardo Parreira
Viola Nelson Aleixo
Baixo Francisco Gaspar
Teclados Justin Stanton
Cenário Bruno Bogarim
Fotógrafa Estelle Valente
Técnico de Som Álvaro Ramos
Técnico de Luz Luís Bastos
Técnico de Monição Zé Bi
Tourmanager Gilton Andrade
Driver Luís Rosa
Bio
Gisela João editou na primavera de 2021 "AuRora", o seu terceiro álbum, gravado entre Lisboa e
Barcelona, com produção de Michael League e coprodução de Nic Hard e da própria artista. Este
é o seu registo mais pessoal e intimista, onde pela primeira vez revela os seus dotes de letrista e
compositora, e partilha a autoria das letras com Alberto Janes, Capicua, Hernâni Correia, João Monge,
Jorge Cruz, José Fialho Gouveia, Marco Pombinho e Maro, bem como a composição com António
Zambujo, Arlindo de Carvalho, Carlos Paredes, Justin Stanton, Magda Giannikou e Michael League.