Promotor
Sociedade Figueira Praia, S.A.
Breve Introdução
No ano em que se comemoram os 50 anos do 25 de abril, a Yellow Star Company apresenta A NOITE, de José Saramago. Trata-se da primeira peça de Teatro escrita pelo único prémio Nobel da Literatura de língua portuguesa.
Na redação de um jornal, em Lisboa, na noite de 24 de abril de 1974, a rotina vai ser interrompida pela discussão entre o redator da província, Manuel Torres, um jornalista de alma e coração que defende a verdade jornalística acima de qualquer outro interesse, com o seu chefe da redação, Abílio Valadares, homem submisso ao poder político, que aceita a censura aos textos sem questionar e que conta com o apoio incondicional de Máximo Redondo, o diretor do jornal. Torres, que não tolera a ideia de o jornal ser constantemente manipulado por terceiros, está em constante luta ideológica com a chefia. Ele é um idealista que vai lutar para que a verdade volte às páginas do “seu” jornal e terá como aliados Cláudia, uma jovem estagiária, e Jerónimo, o linotipista, chefe do turno da noite. O conflito ganha uma dimensão ainda mais dramática quando surge na redação o boato de que poderá estar a acontecer uma revolução na rua. O chefe de redação proíbe que se publique qualquer notícia sobre o tema. A agitação e o nervosismo crescem no seio do jornal, com Torres e Jerónimo a exigirem que se confirme a veracidade dos factos e que os mesmos sejam notícia de primeira página no dia seguinte. Do outro lado da “barricada”, o diretor e o chefe de redação tudo fazem para desvalorizar a alegada convulsão social, na certeza de que não irão imprimir notícia alguma, nem que para isso tenham de alegar uma avaria nas máquinas dos linotipistas. Está instalada uma micro-revolução na redação. A incerteza cresce até que se consiga provar o que poderá estar a acontecer na rua. Mesmo depois de provados os factos, qual será a verdade que irá vencer? Haverá alguma notícia na primeira página da edição do dia seguinte? Ao longo de toda a ação, o contínuo do jornal, Faustino, que sabe mais do que aparenta e tenta manter uma atitude neutra, vai desconstruir alguns dos conflitos vividos na redação. Faustino é coxo de nascença e o seu andar atípico, que lhe dificulta a atarefada profissão de contínuo, visa ironizar sobre o estado do país e a velocidade com que o mesmo avança. Faustino simboliza o Zé-Povinho. Gosta quando o Torres o chama de Fastino que, segundo diz, era a sua alcunha quando “jogava futebol”, por ser muito rápido...
Ficha Artística
Com encenação e adaptação de Paulo Sousa Costa e assistência de encenação de Luís Pacheco, revelamos o elenco de luxo:
- Diogo Morgado (Manuel Torres, redator da província)
- Jorge Corrula (Jerónimo, chefe da tipografia)
- João Didelet (Máximo Redondo, Diretor da redação)
- Luís Pacheco (Valadares, chefe da redação)
- Elsa Galvão (Esmeralda, secretária da redação)
- Ricardo de Sá (Pinto, redator desportivo)
- Henrique de Carvalho (Fonseca, redator parlamentar)
- Sara Cecília (Cláudia, estagiária da redação)
- João Redondo (Faustino, contínuo)
FICHA TÉCNICA
- Diretora Geral: Carla Matadinho
- Direção Artística Paulo Sousa Costa e Pedro Matias
- Cenografia: José Teles
- Figurinos e Adereços: Carolina Almeida
- Guarda Roupa: Carolina Almeida e Inês Santos
- Direção Técnica: Bruno Lucas e Fernando Lopes
- Técnico de Som: Fernando Lopes
- Desenho de Luz: Ariene Godoy
- Técnica de Luz: Ariene Godoy
- Produção: André Branco
- Diretora Executiva: Marta Gomes
- Comunicação: Carla Matadinho e Vera Claro
- Bilheteira: André Susano e Cristina Marques
- Assessoria de Media: Marta Gomes e Eunice Meneses
- Fotógrafo: José Correia
- Designer Gráfico: Vasco Lopes
- Criação de Imagem, Vídeo e Voz Off: Pedro Matias