Promotor
        Teatro Nacional São João E.P.E.
        
        Breve Introdução
        Hamlet é, depois da Bíblia, a obra que mais literatura gerou. Muitos encontram nela “um espelho espaçoso” no qual cada um se confronta com o seu reflexo. “Quem vive?” é a pergunta lançada ao escuro da noite, logo no início da peça de Shakespeare. A história do Príncipe da Dinamarca é a história da nossa vacilação face a essa pergunta primordial: Quem sou? Consciência/ação, passado/presente, ser/não ser são os polos onde tudo se joga. Hamlet é o arquétipo da literatura ocidental sobre a consciência humana. O desejo de vingança, o engano e a duplicação (a peça dentro da peça) não escondem um vazio que corrói o Príncipe. Disse W.H. Auden: “Hamlet precisa de definir a sua existência em termos de outros. Daí a sua incapacidade para agir; consegue apenas ‘atuar’, i.e., brincar às possibilidades.” É à inquirição desta cegueira de si, patologia dos tempos modernos, que Nuno Cardoso se lança. 
        
        Ficha Artística
        de William Shakespeare
encenação Nuno Cardoso
 
tradução António M. Feijó
cenografia F. Ribeiro 
desenho de luz Cárin Geada
desenho de som e sonoplastia Joel Azevedo 
música Pedro “Peixe” Cardoso 
figurinos Nelson Vieira 
vídeo Luís Porto
movimento Roldy Harrys 
assistência de encenação Manuel Tur
 
interpretação Alberto Magassela, Joana Carvalho, João Cravo Cardoso, Jorge Mota, Lisa Reis, Mário Santos, Patrícia Queirós, Paulo Freixinho, Pedro Almendra, Pedro Frias, Sandro Feliciano 
 
produção Teatro Nacional São João