Promotor
Universidade de Coimbra - Teatro Académico de Gil Vicente
Sinopse
Vittoria termina um relacionamento amoroso com Riccardo, um intelectual, e envolve-se com Piero, um agente da bolsa. Elegia sobre a inconstância do amor, adágio amargurado, O Eclipse é de Monica Vitti, incomparável e espantosa, a despedir-se também do célebre preto e branco do diretor de fotografia Gianni Di Venanzo.
Ficha Artística
Origem Itália, França, 1962
Com Monica Vitti, Alain Delon, Francisco Rabal
Festival de Cannes 1962 Prémio Especial do Júri
Cópia digital restaurada
Horário de Funcionamento
Bilheteira / atendimento presencial
segunda a sexta-feira 17h00 - 20h00
em dias de eventos 1 hora antes / até meia hora depois
encerrada aos sábados, domingos e feriados
Informações Adicionais
De Ferrara, onde nasceu, a Bolonha, onde estudou Economia, Michelangelo Antonioni (1912-2007) foi mais tarde para Roma. Frequentou o Centro Sperimentale di Cinematografia, escreveu sobre cinema, publicou contos e foi tradutor. Escreveu para Rossellini e Fellini e trabalhou com Marcel Carné. Depois de Gente del Po e alguns documentários de duração curta, a sua primeira longa de ficção, Escândalo de Amor (1950), anunciava já as inovações que viria a introduzir na história do cinema italiano, afastando-se da ortodoxia neo-realista. Nessa década, alguns já sentiam que era preciso dar um passo em frente, “ultrapassar o problema da bicicleta”. E a sua quarta longa, O Grito (1957) foi, como escreveu Manuel S. Fonseca, “uma respeitosa salva fúnebre em honra do neo-realismo”, onde Antonioni procurava, citando as suas próprias palavras: “olhar para dentro do homem a quem roubaram a bicicleta e ver quais são os seus pensamentos, como se adequam, quanto ficou dentro dele de todas as experiências passadas, da guerra, do pós-guerra…”
Seguiu-se a célebre “trilogia dos sentimentos”, e a colaboração com Monica Vitti: A Aventura (1960), A Noite (1961) e O Eclipse (1962). A obra de Antonioni, múltipla e complexa, caracteriza-se por uma impressionante composição visual, não raro apresentando um cenário que estabelece uma íntima relação com as personagens, reflectindo as suas angústias e perturbações, bem como a alienação do indivíduo na era moderna. Esta maior complexidade das personagens permitiu ao realizador explorar o tumulto interior, ou, como o próprio referiu, a “nevrose” daqueles que não se adaptam, como constatamos em O Deserto Vermelho (1964), o seu primeiro filme a cores (Antonioni foi deveras inovador no uso das cores no cinema – recorde-se que a sua primeira experiência artística foi a pintura, que praticou ao longo da vida –, tal como o seria ao utilizar o vídeo em O Mistério de Oberwald (1981) ou a tecnologia Betacam. Foi um experimentador, como referiu Adriano Aprà, mas tendo sempre a ousadia de se confrontar com os grandes temas e o grande público. Os seus filmes, sobretudo a partir de A Aventura, chegavam às grandes massas de espectadores, como os de Hitchcock ou os de Kubrick). Cineasta moderno, que captou a atmosfera do seu tempo, “Antonioni libertou o cinema”, como afirmou Martin Scorsese, a cada filme seu abria novas possibilidades. A sua obra continua a responder a questões essenciais com que nos debatemos ainda hoje e continua também a ser uma das mais influentes no cinema contemporâneo, reivindicada por cineastas como Wong Kar Wai ou Hou Hsiao-Hsien, Tarkovsky ou Skolimowski, Gus Van Sant ou Brian de Palma, e Wim Wenders, que com ele trabalhou nos últimos filmes, quando uma trombose o deixou parcialmente paralisado.
Preços
Descontos
- Alliance Française
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- Desempregado
- Estudante
- Fnac
- Grupo = ou > 10 pax
- Maiores de 65 anos
- Menores de 25 anos
- OE Região Centro
- Profissionais da Cultura
- rede alumni uc
- Serviços Sociais da CGD