Promotor
Teatro da Terra - Centro de Criação Artística, CRL
Breve Introdução
O Príncipe de Spandau é uma ficção provocatória e absurda sobre a vida de Rudolph Hess na sua cela em Spandau desde o julgamento de Nuremberga até à sua morte/suicídio.
Sinopse
Isolado na sua loucura, ele imagina que a sua prisão se transforma no Quartel-General de Spandau de onde ele, como representante de Hitler, dirige a política mundial enviando telegramas para ditadores, chefes militares e polícias de todo o mundo.
Ele é um príncipe encantado com visões apocalípticas sobre o regresso do Führer e a sua vitória definitiva. E quando vê o seu fim aproximar-se, vê a sua morte como o prenúncio de uma nova era em que o nazismo renascerá das cinzas.
O texto foi escrito em 1987 nos dias que se seguiram à morte de Rudolph Hess. Revelou-se premonitório em muitos aspectos e surge como um aviso contra as tendências racistas, ódios contra emigrantes e refugiados, despotismo e extremismos políticos hoje, infelizmente, mais vivos que nunca.
Citarei um excerto da peça sobre a ascensão de Hitler ao poder:? "Dizem que tudo esteve a nosso favor: a crise de 1929, as manobras dos magnates e da Bolsa, a corrupção dos governos. Esteve tanto a nosso favor, como a favor dos nossos inimigos. As mudanças no mundo não acontecem por milagre. As sociedades mudam porque há conflitos de interesse, porque há luta de classes.?E nós é que ganhámos essa luta de classes."
Só quero que esta História - mesmo em farsa - não se repita.
Ficha Artística
Texto: Hélder Mateus da Costa | Interpretação: Gil Filipe | Encenação: A Barraca
Assistentes: Érica Galiza, Manuel Petiz, Maria Baltazar, Vasco Lello | Cenário e Figurinos: A Barraca | Costureira: Elza Ferreira | Desenho de Luz: Gil Filipe e Vasco Lello | Sonoplastia: A Barraca | Operação de Luz e Som: Maria Baltazar e Vasco Lello | Cartaz: Luís Henriques | Fotografias: Adrian Roseiro e Vasco Lello | Produção: Inês Costa, Rita Lello | Grafismo: Inês Costa | M/12