Promotor
Ágora - Cultura e Desporto do Porto, E.M., S.A.
Breve Introdução
A palavra “borda” deriva do verbo “bordar”, que significa enriquecer, decorar, embelezar, elaborar. No entanto, há ainda um outro significado da palavra: fronteira, limite, margem, beira, barreira. Existem fronteiras geográficas e políticas, por vezes representadas por muros, arame farpado, sebes, postos de controlo e portões. Um lugar intermédio, para ninguém e para todos, para quem chega, quem parte e quem fica. Aqui e ali, início e fim, em algum lugar e em lugar nenhum. Quem tem permissão para atravessar? Quem permanece? Quem será impedido de entrar? Quem pertence e quem não pertence? Quem tem direito a existir? Os territórios podem também ser demarcados por movimentos nómadas e por uma mistura de elementos, físicos e simbólicos: identidades culturais específicas, cheiros, sons, línguas, rituais, estratégias e conhecimentos distintos de sobrevivência, formas de gerir florestas e plantas. Como podemos trabalhar a partir de uma realidade entrelaçada com linhas visíveis e invisíveis, que marcam os limites entre medo e esperança, entre ruído e silêncio, enchente e fogo? Como podemos trazer connosco a terra das nossas visões, desejos, memórias e futuros? Talvez seja possível, paciente e laboriosamente, tecer um lugar poroso de alteridade fluida, um bordado onde as margens se movem, flutuam e dançam. — Lia Rodrigues
Ficha Artística
Criação
Lia Rodrigues
Interpretação e criação em colaboração com
Leonardo Nunes, Valentina Fittipaldi, Andrey da Silva, David Abreu, Raquel Alexandre, Daline Ribeiro, João Alves, Cayo Almeida, Vitor de Abreu
Assistência à criação
Amalia Lima
Dramaturgia
Silvia Soter
Colaboração artística e imagens
Sammi Landweer
Desenho de luz
Nicolas Boudier
Direção técnica e luz
Magali Foubert
Banda sonora
Miguel Bevilacqua, a partir de excertos de uma gravação realizada em 1938 no norte do Brasil pela Missão de Pesquisas Folclóricas concebida pelo escritor e intelectual Mário de Andrade, e de excertos da música de domínio público Amor Amor Amor, parte do repertório de Cavalo Marinho, uma dança tradicional brasileira interpretada por Luiz Paixão.
Mistura e masterização
Ronaldo Gonçalves
Administração, agenciamento e gestão de produção
Colette de Turville
Direção de agenciamento e produção
Astrid Toledo
Produção e gestão no Brasil
Gabi Gonçalves / Corpo Rastreado
Secretaria e administração no Brasil
Gloria Laureano
Apoio logístico – Centro de Artes da Maré
Sendy Silva
Professores
Amalia Lima, Leonardo Nunes, Valentina Fittipaldi, Andrey Silva
Figurinos
Lia Rodrigues Companhia de Danças
Costureira
Antonia Jardilino De Paiva
Agradecimentos
Thérèse Barbanel, Corpo Rastreado, Inês Assumpção, Luiz Assumpção, Diana Nassif, equipa do Centro de Artes da Maré, Jacques Segueilla.
Dedicado a Max Nassif Earp
Preços
- 1ª Plateia - 12€
- 2ª Plateia - 12€
Descontos
- BILHETE DE GRUPO
- Cartão Porto.
- ESTUDANTES
- MAIORES DE 65