Promotor
Teatro Nacional São João E.P.E.
Breve Introdução
Um tradutor, Henrique, como um príncipe precário. Quer mudar Shakespeare para a língua portuguesa mas tem de passar os dias a fazer traduções técnicas de empilhadoras e autoclismos para ganhar a vida. É preciso pagar o crédito da casa, do carro, a eletricidade, a água, o gás, a internet, vários seguros, impostos, o telemóvel, etc. Iolanda, a mulher, trabalha como educadora de infância. Sonha ter filhos, mas só quando conseguirem “alguma estabilidade”. No dia de São Nunca À Tarde, talvez. E há ainda Miriam, a mulher-a-dias, passeando o seu desprezo tão sedutor pela sala de estar. Henrique vive a vida aos poucos, deixando-se ir – até que conhece Falstaff. Exato, o próprio. O grande gordo genial de Shakespeare. Uma visão real. Mais real que irritações quotidianas, frustrações empilhadas, mais sólida que este triste tempo, feito de tempos mortos. Uma visão realíssima sentada no banco da cozinha a enfardar bolachas de manteiga escocesas: Falstaff! E a partir daí, bum, a vida vem toda de uma vez.
Jacinto Lucas Pires
Ficha Artística
texto e encenação Jacinto Lucas Pires
cenografia e figurinos Sara Amado
desenho de luz Nuno Meira
interpretação Ivo Alexandre, Luís Araújo, Paula Diogo, Anabela Faustino
coprodução Ninguém, TNSJ
Preços
Plateia - 10,00€