Promotor
Câmara Municipal de Torres Novas
Sinopse
Este Espetáculo surge de um sonho antigo. Tão longíquo quanto o tempo em que João e João se encontraram num Chapitô, enquanto professor e aluno e, no entanto, já como almas e artistas.
Jalâl Rûmi, aquem pedimos o título da peça emprestado que é o homónimo de um dos seus livros, diz-nos que a palavra incita-nos na procura, não que a coisa procurada seja obtida pela palavra pois, se assim fosse, não teríamos necessidade de nos esforçarmos tanto repetidamente. Bastava falar e as cosisas todas se acertavam e compunham como se entrássemos no Paraíso.
A palavra como uma coisa que se agita ao longe como uma miragem ou uma bandeira que nos chama além do deserto.
Corremos por isso atrás
das palavras. Fazemos escorrer palavras de dentro de nós. Fazemos as palavras correr à nossa frente. Corremos atrás das palavras para ver o que se agita lá longe. Mas não é por causa do movimento das palavras que vês melhor o que te rodeia e o fundo interior de onde eles emanam. A palavra incita-te, fustiga-te a procurar o seu significado e aquilo que na verdade a provocou.
Autores da ideia João Garcia Miguel e João Paulo Santos (a partir de Lenda de
Destruição de Kash retirada de Primitive Mythology, de Joseph Campbell e um excerto
da Divina Comédia de Dante)
Direção João Garcia Miguel
Cocriação Companhia João Garcia Miguel e Companhia O Último Momento
Interpretação João Paulo Santos
Voz Miguel Borges
Música Tiago Cerqueira
Figurinos Ana Luena
Desenho de luz Luís Bombico
Direção som Manuel Chambel
Companhia João Garcia Miguel