Promotor
Câmara Municipal de Setúbal
Sinopse
No que respeita à Música, uma das principais dádivas do século XX foi a possibilidade de contemplarmos a qualidade expressiva dos sons, independentemente de serem, ou não, produzidos por instrumentos convencionais. De rompante, escancararam-se as portas de universos tímbricos tão fascinantes como a eletrónica e as percussões. Assim, podemos hoje ouvir uma orquestra exclusivamente composta por instrumentos de percussão interpretar A Sagração da Primavera, a música que Stravinsky escreveu para o bailado que recria o sacrifício divino de uma jovem num ritual primitivo em favor de boas colheitas. Nesta transcrição de Miguel Sobral Curado sobressaem a repetição obstinada de acordes maciços, a imprevisibilidade rítmica e uma intensidade física e emocional que recria fielmente o original de 1913. De igual modo, também o Concerto para Beleza e Vibrafone, de Jorge Salgueiro, deriva aqui numa transcrição para orquestra de percussão, desta feita assinada pelo próprio compositor (a primeira versão, de 2015, destinava-se a vibrafone solista com orquestra de cordas e metais). A parte eletrónica soletra a palavra Beleza em várias línguas, estabelecendo um diálogo estreito com uma partitura de pendor minimalista.
Interpretação
Jorge Salgueiro (n. 1969) Concerto para Beleza e Vibrafone (2015; versão para orquestra de percussão)
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Igor Stravinsky (1882-1971) A Sagração da Primavera (1913; transcrição para orquestra de percussão de Miguel Sobral Curado)
(35)
Parte I Adoração da terra
I. Introdução
II. Presságios da Primavera
III. Ritual de abdução
IV. Círculos da Primavera
V. Ritual das Tribos Rivais
VI. Procissão dos sábios - O Sapiente
VII. Dança da Terra
Parte II O Sacrifício
VIII. Introdução
IX. As rodas misteriosas das jovens meninas
X. Regozijo dos Escolhidos
XI. Invocação dos Ancestrais
XII. Ritual dos Ancestrais
XIII. Dança do Sacrifício
Ficha Artística
Solista: Marco Fernandes
Orquestra de Percussão: Andreu Rico, Eduardo Machado, Fernando Llopis, Gonçalo Martins, Gonçalo Reis, João Calado, João Brito, Madalena Rato, Marcelo Ricardo, Marco Fernandes, Paulo Amendoeira, Ricardo Mendes e Rodrigo Azevedo
Maestro: Reinaldo Guerreiro