Promotor
Universidade de Coimbra - Teatro Académico de Gil Vicente
Sinopse
ACTORES é uma criação coletiva resultado de uma reflexão sobre o trabalho do ator nas suas variadas formas de expressão. Um espetáculo feito através dos relatos autobiográficos, mais ou menos diarísticos, de cada um dos intérpretes, a partir de textos por si representados ao longo dos anos, associando pulverizações narrativas de grandes clássicos com textos de novela ou anúncios de rádio e televisão. São mais de 40 textos de diferentes autores resultando numa dramaturgia paralela e num olhar retrospetivo sobre a vida de cada um dos intérpretes.
Interpretação
Bruno Nogueira, Carolina Amaral, Miguel Guilherme, Nuno Lopes, Rita Cabaço
Ficha Artística
Encenação e Dramaturgia Marco Martins
Apoio dramatúrgico Alexander Gerner
Colaboração Vânia Rovisco e Victor Hugo Pontes
Co-criadores Bruno Nogueira, Luísa Cruz, Miguel Guilherme, Nuno Lopes, Rita Cabaço
Interpretação Bruno Nogueira, Carolina Amaral, Miguel Guilherme, Nuno Lopes, Rita Cabaço
Assistência de encenação Rita Quelhas
Assistência de encenação residências Rita Quelhas e Guilherme Branquinho
Direcção de produção Mariana Brandão
Espaço cénico Fernando Ribeiro
Desenho de luz Nuno Meira
Sonoplastia Sérgio Milhano
Figurino Isabel Carmona
Produção Arena Ensemble, São Luiz Teatro Municipal, Teatro Nacional São João, Centro de Arte de Ovar
Residências artísticas Oficina/Centro de Criação de Candoso
Apoio Fundação D. Luís I, Câmara Municipal de Cascais
Fotografia Estelle Valente_São Luiz Teatro Municipal
Encenador
Marco Martins
Informações Adicionais
Muitas vezes, nos períodos de ensaio do espectáculo que encenava, via os actores nos camarins ou nos intervalos de almoço a decorarem linhas para novelas ou séries de televisão, aproveitando o pouco tempo disponível de descanso para trabalharem outro texto. No início achava aquilo desconcertante incomodava-me, posso até dizer que me causava um certo ciúme, o facto dos actores não estarem exclusivamente concentrados no nosso trabalho, no espectáculo que estávamos a erguer, dispersando-se e consequentemente desperdiçando os seus recursos numa espécie de segundo emprego que me parecia totalmente vazio e supérfluo. Com o passar do tempo, habituei-me a respeitar aquelas traições e a percepcioná-las como inevitáveis. Comecei a falar abertamente com os intérpretes sobre essa necessidade, sobre os outros trabalhos. Comecei a ter curiosidade em espreitar as tais linhas que liam nos intervalos dos nossos ensaios. Com o passar do tempo, começámos a falar da possibilidade de fazer um espectáculo que falasse precisamente sobre isso. Com o passar do tempo, nasceu a vontade de fazer ACTORES.
Marco Martins