Promotor
Lavrar o Mar Cooperativa Cultural Crl.
Sinopse
É um espectáculo de arte comunitária na paisagem, que utilizando as linguagens da música e da dança, investiga sobre os fenómenos do desaparecimento, da evaporação, do fim das coisas.
Um grupo de crianças e de artistas põem-se em movimento. Procuram as aldeias abandonadas e encontram-nas. Estão quase atrás do sol e estão cheias de memória, de pedras, de plantas que já não conversam com os homens.
São agora os animais que as habitam.
O espaço que se cria entre o desaparecimento e o que dele salta para a frente, para o agora que não conseguimos decifrar, esse, é o espaço desta dança onde se transpira, canta e conta com palavras cujas sílabas quase se evaporaram, as canções das abelhas quando elas nos dão notícias.
EVA é uma égua que neste imaginário desapareceu do prado sem que ninguém, nem mesmo os gansos, dessem por isso.
A fantasia que se desenha no ar dos gestos e das vozes que chamam, é a de poder crescer no espaço suspeito do presente.
Esta será a matéria aérea de um espectáculo que se encontra com o clima que a natureza nos devolve. Junta rapazes de mundos escolares muito diferentes com artistas vindos do teatro de objectos, da música, da dança, do grande e fabuloso teatro da vida. São eles aqui nesta circunstância, não somente os zangões, como as obreiras, as escuteiras, a rainha, que à revelia dos costumes nas colmeias, trabalharam até ao coração, para esculpir esta vontade de existir no ar.
Ficha Artística
Criação: Madalena Victorino e Joana Guerra
Conceito, dramaturgia e coreografia: Madalena Victorino
Composição musical: Joana Guerra
Co-criação com: Alix Sarrouy, Nicolau da Costa, Miguel Nogueira, Patrick Murys, Remi Gallet
Direcção Técnica e Desenho de Luz: Joaquim Madaíl
Guardiã dos Animais: Nídia Barata
Participação especial de: Emílio Neal Frener, Ismael Gallet, Lian Whitelegg, Noah Schydlo, Otto Forgaard, Pepijn Jones, Petr Pisarenko, Phönix Zaffetta, Rumi Cid, Sasha Guru, Vicente Andrade