Promotor
Câmara Municipal de Torres Vedras
Breve Introdução
Certas obras, pela sua importância fulcral no contexto de uma linguagem artística, costumam ter por epíteto “há um antes e um depois”. Nada na Música Ocidental e no Ballet seria o mesmo depois da estreia d’A Sagração da Primavera, a 29 de maio de 1913, em Paris.
De um lado a música de Stravinsky, explosiva ruptura com os cânones da composição, tendo, contudo, na base, canções populares lituanas, o que confere uma unidade idiomática nem sempre percetível. Do outro, a inovadora coreografia de Nijinsky para os Ballets Russes, contrariando as dramaturgias convencionais, em movimentos de uma intensidade física e emocional sem paralelo. O bailado, dividido em 2 partes, A Adoração da Terra e O Grande Sacrifício, narra a história de um ritual tribal onde uma jovem deve ser sacrificada, como oferenda ao deus da Primavera.
Curiosamente, a estreia de Nijinsky no campo da coreografia ocorrera um ano antes, em 1912, com a obra Prélude à l’après-midi d’un faune, de Debussy. Para muitos, o início do Modernismo musical, esta é a obra mais famosa do compositor, que a escreveu entre 1891 e 1894.
Baseado no poema homónimo de Stéphane Mallarmé (1842-1898), onde encontramos um fauno ao despertar num fim-de-tarde, e as suas reminiscências de encontros amorosos com ninfas, são as sugestões e evocações de sensações que Debussy procura plasmar, ao invés da expressividade romântica então em voga. Dois temas melódicos trespassam o prelúdio: um, sinuosamente cromático, confiado à flauta, e outro, liricamente expressivo, nos instrumentos de corda.
Programa
S. Azevedo (n.1968)
Sinfonietta Semplice
N. Côrte-Real (n. 1971)
Rock, op. 14 B
C. Debussy (1862 – 1918)
Prelúdio à sesta de um fauno
Stravinski (1882 – 1971)
A Sagração da Primavera
I.Adoração da Terra
II.O Sacrifício
Companhia: Vortice Dance Company
Direção Artística: Cláudia Martins e Rafael Carriço
Direção Musical: Nuno Côrte-Real
Orquestra: Orquestra Sinfónica da ESMAE
Compositor: Igor Stravinsky
Coreografia | Videografia | Conceção cénica e Figurinos: Cláudia Martins e Rafael Carriço
Bailarinos: Joana Marques, Inês Costa, Manuela Linhares, Cláudia Martins, Rafael Carriço, Diogo Lourenço, Francisco Maduro, Julia Caetano, Sigrid Dugstad
Maestro: Nuno Côrte-Real
Direção técnica: Juliana de Sousa | Paulo Formiga
Direção de Cena: Luis Santos
Produção: Vortice Dance Company
Fotografia: Sérgio Claro
Coprodução: CCC – Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha | Teatro-Cine de Torres Vedras | Coliseu de Lisboa