Promotor
Teatro Municipal Joaquim Benite
Breve Introdução
Escrito durante dois meses do Inverno de 1972, o romance de Peter Handke – Um adeus mais-que-perfeito – conta-nos a espiral de dor que arrastou a mãe do escritor para o sofrimento, levando-a a terminar com a vida aos 51 anos (em 1971, um ano antes de o texto ser escrito). A história da mãe de Handke é parte da História da Europa Central: atravessou o surgimento do nazismo, a II Grande Guerra, e a austeridade e o sofrimento que se seguiram. O livro fala do que foi ser mulher no contexto austríaco da época, num mundo rural, pequeno-burguês e católico, onde as mulheres eram vistas como impertinentes e levianas caso ousassem ter voz.
PETER HANDKE (Griffen, Áustria, 1942) é romancista e dramaturgo. Recebeu o Prémio Nobel da Literatura 2019. Após os estudos de direito em Graz, publica a partir de 1965 as suas primeiras Peças faladas. Até 1973, escreve ininterruptamente para teatro: Insulto ao público, 1966; Gaspar, 1967; O pupilo quer ser tutor, 1969; A cavalgada no Lago de Constança, 1970; As pessoas desarrazoadas estão a desaparecer, 1973. Em seguida parece afastar-se da escrita dramática, nomeadamente durante a sua segunda estada em França (1973-1979). Só voltará a escrever para teatro em 1982, com Pelas aldeias, uma peça estreada por Wim Wenders. Assina uma tradução de Prometeu agrilhoado apresentada no Festival de Salzburgo, em 1986, a que se seguiram dois textos marcantes: em 1989, A arte da pergunta ou Viagem ao país sonoro, e, em 1992, A hora em que não sabíamos nada uns dos outros.
Ficha Artística
UMA CRIAÇÃO DA COMPANHIA DE TEATRO DE ALMADA
A partir do romance de PETER HANDKE Encenação TERESA GAFEIRA
Interpretação
DUARTE GUIMARÃES, PEDRO WALTER
Tradução
CARLOS LEITE (GENTILMENTE CEDIDA PELA EDITORA RELÓGIO D’ÁGUA)
Adaptação
PEDRO PROENÇA
Cenografia e Figurinos
SÉRGIO LOUREIRO
Desenho de Luz
GUILHERME FRAZÃO
Som
DANIEL MENDRICO
Voz e Elocução
LUÍS MADUREIRA
Preços