Promotor
A Oficina CIPRL
Breve Introdução
Weyes Blood tem visita marcada ao CCVF para uma atuação que certamente nos fará levitar. Uma voz que se tinge às cores do mais subtil psicadelismo das décadas de 60 e 70. Natalie Mering, que artisticamente se apresenta como Weyes Blood, é um daqueles casos em que as referências do passado se entremeiam com as perceções do presente, criando um surpreendente anacronismo pop. Apesar de um já merecido reconhecimento na indústria, Natalie evoca sempre uma certa aura de mistério que aguça a curiosidade sobre quem é, de onde veio e para onde vai. A música que produz tece-se da tradição da folk britânica e norte-americana das décadas de 60 e 70, embebida no psicadelismo puro tão intrínseco dessa era. O tom coral da sua voz expressa letras assertivas que dispensam eufemismos e que tão bem casam com o apuro nas orquestrações e na imensidão melódica. Cânticos sagrados, por vezes próximos dos madrigais, atmosferas de alvorada e histórias que nunca aconteceram a não ser na cabeça de quem escuta estes ensaios, aglutinam-se no contexto de canção. Aliás, só assim poderia ser perante as formas carnais vincadas que assentam na configuração etérea de Weyes Blood. Um corpo completo sem dúvida, mas nómada no tempo em que vagueia. Graciosamente nómada.
WEYES BLOOD | 03 dezembro | CCVF
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