Promotor
Teatro Nacional São João E.P.E.
Breve Introdução
Sabemos da irreverência das encenações de João Garcia Miguel. Refira-se, por exemplo, o desassombro das suas operações sobre Shakespeare em Burgher King Lear (2007) ou Calderón de la Barca em La Vida Es Sonho (2015). Regressa com Um Plano do Labirinto, adaptando um texto da lavra de Francisco Luís Parreira (na que é já a quarta criação conjunta de uma estreita e durável relação), para quem a reverberação das situações históricas ou dos textos antigos que elege é um revelador do que somos hoje é sua a espantosa tradução do poema babilónico Épico de Gilgame, um dos textos mais antigos do mundo. Depois de Lilith, associado à crise na Grécia/Europa, de Três Parábolas de Possessão, impregnado de referências bíblicas e do conflito israelo-árabe, e de uma versão livre de Medeia, Um Plano do Labirinto é um polifónico conto mitológico sobre a diáspora portuguesa no século XX, no Oriente e em África, interrogando-se/nos sobre a verdade e a mentira de muitas histórias recolhidas da nossa guerra no Ultramar. Uma delas, exemplar na sua indiferença à verdade, conta um imaterial confronto entre soldados de uma patrulha e uma manada de antílopes na savana inexplorada. Por que razão mentem estas histórias tão ostensivamente?
Preços
Plateia: 10,00€